quinta-feira, 31 de março de 2011



Reino: Animalia

Filo: Chordata

Classe: Aves

Ordem: Strigiformes

Família: Strigidae

Género: Athene

Espécie: A. noctua


O mocho-galego (Athene noctua) é uma espécie de ave estrigiforme pertencente à família Strigidae.

Ao género Athene pertence outra espécie, Athene brama, sendo que recentemente duas outras espécies deixaram de pertencer a este género.

É um animal de hábitos marcadamente nocturnos, embora, quando as condições o permitam, seja comum observá-lo durante o dia ou crepúsculo, sendo uma das espécies de Strigiformes mais avistadas durante o dia. Encontra-se entre as espécies menores desta ordem de aves, atingindo em média 23 a 27,5 cm de comprimento, não havendo divergência entre sexos.

Distribui-se por toda a Europa, grande parte da Ásia e Norte de África. É uma espécie bastante comum na sua área de distribuição.

De carácter oportunista, na dieta deste animal estritamente carnívoro (assim como todos os restantes mochos e corujas) figuram os mais variados tipos de presa: desde invertebrados terrestres, anfíbios, répteis, outras aves, e até mesmo animais atropelados em vias rodoviárias, de entre outros.

É uma espécie sedentária, com preferência para zonas de planície e vegetação baixa, embora seja uma espécie com bastante polivalência em relação a este aspecto, sendo observada nos mais diversos tipos de habitat, incluindo zonas urbanas.

Habitualmente constrói o ninho em tocas nas árvores ou rochedos. As fêmeas depositam 3 a 5 ovos, cujas crias nascem após 28 dias de incubação.

terça-feira, 29 de março de 2011



Milheirinha ( serinos serinos )

É um fringilideo amarelo sarapintado com um bico curto mas robusto, adequado para quebrar sementes de que se alimenta.
Embora posa passar despercebido durante grande parte do ano na primavera o macho canta quase permanentemente num ramo bem no topo dos arbustos e executa um voo desalinhado semelhante ao voo de borboleta.
Nidifica de Abril a Junho tendo de uma a duas ninhadas de quatro crias cada, o numero de crias diminui ao longo das postura, as crias são cinzento claro com riscas castanho-escuro.
O ninho é uma pequena taça feita de musgo e forrada com palhinhas e penugem,
situa-se num ramo denso de uma árvore ou arbusto: oliveira ou videira.
Os ovos são brancos com manchas castanhas, que são incubados durante quinze dias pela fêmea.

segunda-feira, 28 de março de 2011


Reino: Animalia

Filo: Chordata

Classe: Aves

Ordem: Passeriformes

Família: Sturnidae

Género: Sturnus

Espécie: S. unicolor


Nome binomial
Sturnus unicolor

O Estorninho-preto (Sturnus unicolor Temminck) é uma ave cuja distribuição está limitada à região mediterrânica ocidental (Península Ibérica, Córsega, Sardenha, Sicília e norte da Tunísia, Argélia e Marrocos). Em Portugal encontra-se presente em praticamente todo o território do Continente, embora essa presença seja mais acentuada no interior do Alto e Baixo Alentejo e no nordeste transmontano e beirão (cfr. Atlas das aves nidificantes em Portugal).
Pela imagem, pode verificar-se que, quanto à sua alimentação, o Estorninho-preto é de "boa boca".

Identificação
Embora se trate de uma espécie facilmente reconhecível, o estorninho pode ser confundido com o
melro-preto. Apresenta, tal como este último, o bico amarelado e o corpo escuro, embora a cauda seja mais
curta, a postura mais erecta; distingue-se pelas patas rosadas pelos e tons esverdeados brilhantes no
corpo, que é simultaneamente mais compacto. No Inverno, apresenta pintas claras ao longo do corpo,
tornando a sua distinção face ao estorninho-malhado bastante difícil. Ainda assim, o aspecto geral desta
ave face à sua congénere é sempre mais escuro. Os juvenis são castanhos.

É uma ave com cerca de vinte e um centimetros de comprimento que tem de Verão uma cor completamente preta e de Inverno levemente pintalgada.É muito comum em bosques junto de terrenos cultivados onde procura todo o tipo de insectos e vermes de que se alimenta.No Inverno a sua alimentação é complementada com frutas e bagas.Nidifica em buracos de arvores,de paredes,debaixo de telhas e outras cavidades !!!
O periodo de nidificação inicia-se em Abril e a duração do choco é de onze a doze dias.Ambos os membros do casal se ocupam do choco,revezando-se durante o dia mais ou menos de hora a hora e de noite é somente a femea que o faz.Imitam de forma quase perfeita o canto de diversas aves da floresta.

domingo, 27 de março de 2011


Reino: Animal

Filo: Cordado

Classe: Aves

Ordem: Strigiformes


Famílias
Strigidae
Tytonidae


O termo coruja é a designação comum às aves estrigiformes, das famílias dos titonídeos e estrigídeos. Tais aves possuem hábitos crepusculares e noturnos e vôo silencioso devido à estrutura das penas, alimentando-se de pequenos mamíferos (principalmente de roedores), insetos e aranhas. Engolem suas refeições por inteiro, para depois vomitarem pelotas com pêlos e fragmentos de ossos.Moram em ninhos que ficam em cima de árvores. Na região do Amazonas, algumas espécies também são chamadas de murutucu.

A superstição popular diz que adivinham a morte com o seu piar e esvoaçar. Julgava-se também que essas aves gostam de azeite por visitarem as igrejas durante a noite, onde existiam lamparinas de azeite acesas. Na realidade elas procuravam os insectos atraídos pela luz das lamparinas. Os filhotes de corujas podem ser vítimas de outros predadores como o gavião. A coruja é considerada o símbolo da sabedoria. As corujas conseguem girar o pescoço 270 graus para ambos os lados a partir da posição central. O símbolo da deusa grega do saber, Atena, é a coruja. Também considerada o símbolo da filosofia para muitos filósofos.

ReproduçãoO período da reprodução dependente da espécie. A prole é entre cinco ovos por gestação. Depois da eclosão o macho cuida dos filhotes por dois meses até que estes aprendam a se defender.

Uma das caracteristicas marcantes da coruja é o fato da mesma fazer o seu ninho no solo, no local de muitas relvas baixas, próximo a árvores. Cavam no chão verticalmente até certo ponto, e depois prosseguem horizontalmente até o ponto definido para colocar o ninho livre de predadores. O macho fica de sentinela na árvore, cuidando do ninho, principalmente durante o dia. Na presença de um possível invasor os filhotes podem imitar sons de serpentes (sibilar) fazendo o agressor desistir do ataque.

sábado, 26 de março de 2011



Reino: Animalia

Filo: Chordata

Classe: Aves

Ordem: Passeriformes

Família: Paridae

Género: Parus

Espécie: P. major

O chapim é uma ave da família Paridae. É uma espécie bastante comum em toda a Europa e Ásia. Ele pode ter de 13 a 14 cm de comprimento e é facilmente identificado devido ao peito amarelo com uma faixa preta que liga a garganta ao abdômen.

Trata-se de uma espécie residente em Portugal, sendo característica de zonas de mata em que os estratos arbustivo e arbóreo estejam muito desenvolvidos, é também comum em jardins. A sua dieta alimentar é maioritariamente composta por insectos, mas também come bagas e sementes.

A época de reprodução do chapim ocorre durante a Primavera, período em que efectua 1 ou 2 posturas com 8 a 13 ovos. O ninho é feito em cavidades existentes em árvores, revestidas por materiais macios (penas, musgos, etc). A incubação dos ovos dura 13 ou 14 dias. As crias dão os primeiros voos ao fim de 16 a 22 dias.

sexta-feira, 25 de março de 2011



Reino: Animalia

Filo: Chordata

Classe: Aves

Ordem: Ciconiiformes

Família: Ciconiidae

Género: Ciconia


As cegonhas (Ciconia spp.) são aves migrantes da família Ciconiidae. As cegonhas têm cerca de 1 metro de altura e 3 kg de peso. O seu habitat é variado e a alimentação inclui pequenos vertebrados. São animais migratórios e monogâmicos. As cegonhas não têm faringe e por isso não emitem sons vocais, emitem sons batendo com os bicos, actividade a que se dá o nome de gloterar.
HabitatAs cegonhas vivem em locais como campos abertos, margens de lagos e lagoas, zonas pantanosas, prados húmidos, várzeas, cidades, pântanos e pastagens. e falésias

AlimentaçãoComem rãs, cigarras, cobras, insectos, minhocas e peixes.

ReproduçãoOs filhotes saem da casca na Primavera e quando chove a cegonha abre as asas para protegê-los. Põe cerca de 3 a 5 ovos, a sua incubação é de 20 a 30 dias, as crias são indefesas e penugentas.

SimbolismoDevido à procura de ambientes quentes, é recorrente avistar populações de cegonhas principalmente na região centro do país, tornando-se assim uma ave bastante característica da paisagem portuguesa e considerada por muitos um símbolo regional. Existem várias reservas e planos ambientais para a conservação desta ave.

Apesar de em Levítico 11, 18-19, ela ser qualificada como "imunda" ou "impura", a cegonha é considerada, na maioria das vezes, uma ave de bom augúrio.

É muito difundida a lenda segundo a qual ela traz os recém-nascidos. Isto está indubitavelmente ligado aos seus costumes de ave migradora, correspondendo seu retorno ao despertar da natureza na primavera.

Na Romênia, havia a crença de que uma criança concebida com amor era sempre trazida pela cegonha; viria a ser chamada de noite das cegonhas uma noite do começo de abril. É a ocasião do acasalamento das cegonhas, pois, embora sejam aves diurnas, elas se acasalam somente à noite e nessa noite de abril. Nesse dia, ao cair da noite, sozinhas ou aos pares, elas deixam seus ninhos e desaparecem no céu a escurecer. Durante essas noites, verificava-se uma tradição: as jovens das aldeias moldávias tinham total liberdade sexual, e as crianças nascidas nove meses depois eram "trazidas pelas cegonhas". Essas crianças, filhas do amor, eram sempre bem acolhidas e não causavam transtorno para suas famílias (porém, geralmente, a jovem anunciava aos pais seu desejo de se casar com o pai da criança).

A cegonha também é símbolo da piedade familiar. Na Europa medieval, acreditava-se que a cegonha alimentava seus pais envelhecidos e que era muito dedicada a seus filhotes. No Extremo Oriente, tal qual o grou, ela é considerada um símbolo da imortalidade.

Contrariamente, também lhe eram atribuídos costumes bárbaros. Ao voltarem para a África, os adultos saudáveis e robustos de um bando se reuniam para matar os elementos que retardassem sua migração, assim como os jovens que não voassem bem. Essa matança, que deveria acontecer numa única noite, impressionou a imaginação popular. Conta-se que, em passado distante, nessa noite, o infanticídio era permitido. Se alguém matasse uma criança nessa noite por causa de alguma deformidade ou de alguma doença incurável, que lhe causasse muito sofrimento, o silêncio de todos acobertaria o crime. O cadáver era levado durante a mesma noite e posto na floresta dos massacres entre os restos das cegonhazinhas ensanguentadas.

Na Europa, dizia-se que as cegonhas puniam a fêmea infiel ao seu companheiro. Outro costume que persistiu até meados do século XVI, a opinião das cegonhas deveria ser levada em conta em caso de condenação à morte. Se uma delas viesse a pousar na borda da fonte perto da qual se tinha armado o cadafalso, ou se ela voasse incessantemente ao redor da árvore na qual se realizaria o enforcamento, o condenado seria agraciado, porque pensava-se que o julgamento teria algum defeito, denunciado pela cegonha, que, de certa forma, fazia-se de mensageira da vontade divina.

quinta-feira, 24 de março de 2011



O peito laranja e a cabeça preta do cartaxo funcionam como um semáforo, quando a ave se empoleira nos
postes e cercas das zonas abertas. Esta ave é uma das mais fáceis de observar, devido à sua
conspicuidade.

Identificação
Pequeno insectívoro de fácil identificação, especialmente no caso do macho. Possui um característico
padrão preto na cabeça, contrastante com o colar branco e o peito alaranjado. As fêmeas têm a plumagem
menos contrastada e podem ser confundidas com as de cartaxo-nortenho, separando-se pela ausência de
lista superciliar esbranquiçada e de lista malar (bigode).
Vulgarmente é encontrado empoleirado em postes, cercas e fios, locais que elege para observar as presas
(insectos) que captura.

Abundância e calendário
Bastante abundante, encontra-se sobretudo em zonas abertas de
charnecas, estepes, campos agrícolas, montados e bosques
abertos, zonas de matos baixos, sapais e dunas.
Ocorre durante todo o ano, sendo principalmente residente, mas
nalguns locais do litoral parece ocorrer sobretudo fora da época
reprodutora. O Alentejo, a Estremadura e a maior parte da Beira
Interior são as melhores regiões para procurar este pequeno
turdídeo.

ORDEM: Passeriformes
FAMÍLIA: Muscicapidae
GÉNERO: Saxicola
ESPÉCIE: S. torquata
Pequena ave com 11 a 13 cm de comprimento. Reproduz-se em áreas abertas, com vegetação escassa ou rasteira, também em urzais e giestais. Ocorre tanto em zonas de baixa altitude, perto do mar, como em charnecas a maior altitude. Nidifica perto do solo, em giestas ou moitas.

quarta-feira, 23 de março de 2011




Nome científico: Delichon urbica

Reino: Animalia
Filo: Chordata
Subfilo: Vertebrata
Classe: Aves
Subclasse: Neognathae
Ordem: Passeriformes
Subordem: Passeri
Família: Hirundinidae
Género: Delichon
Espécie: D. urbicum

Outros nomes
Andorinha-dos-beirais ou andorinho-dos-beirais

Distribuição
As andorinhas podem ser encontradas na Europa, Ásia, Norte de África e Médio Oriente.

Hábitos
A andorinha-dos-beirais anuncia, no território português, a chegada da Primavera e o adeus ao frio do Inverno.

Além da sua grande resistência e capacidade de orientação, a andorinha é uma ave que exibe uma grande agilidade enquanto voa, o que lhe permite fazer voos rasantes sem qualquer perigo para a sua integridade física.

Durante o tempo em que nos visita, esta simpática ave faz o seu ninho, ou reconstrói o antigo, no sítio onde ela própria nasceu. Se esse espaço estiver ocupado, então, sim, procura outro lugar, nunca muito longe do ninho original. Os ninhos das andorinhas são feitos de palhas e lama. A andorinha vai transportando estes materiais no bico, até sentir que o seu ninho está perfeito e suficientemente resistente para acolher uma nova geração de aves, a sua prole.

De manhã e ao fim da tarde, estas aves enchem os nossos céus de movimento, numa busca incessante de alimento, comendo todos os insectos que com ela se cruzam no ar, pois são insectívoros.

Reprodução
As fêmeas fazem uma postura de 4 ou 5 ovos, que depois são incubados durante cerca de 14 a 16 dias.
Passado o tempo da incubação, nascem os jovens, cuja alimentação é feita por ambos os progenitores.

Com a chegada do Outono, e quando a temperatura começa a baixar, as andorinhas juntam-se em grandes bandos e voam então para Sul, à procura de temperaturas mais altas no continente africano. Algumas voam da Europa Ocidental até à África do Sul para voltar na Primavera seguinte.

Tamanho e esperança de vida
As andorinhas medem cerca de 13 a 15 cm (comprimento) e podem viver cerca de 8 anos.

terça-feira, 22 de março de 2011



O Abibe-comum (Vanellus vanellus) é uma ave Charadriiformes (anteriormente caradriforme) eurasiática da família dos caradriídeos. Tais aves medem cerca de 30cm de comprimento, topete, testa, garganta e peito negros, e partes inferiores brancas.

Também são conhecidas pelos nomes de abecoinha, abecuinha, abescoinha, abesconinha, abescuinha, abetoninha, abibe, abitoninha, águas-neves, avecoinha, avecuinha, ave-fria, aventoinha, avetoninha, bibe, bimbo, bisbis, coinha, coninha, cuinha, galeirão, galispo, matoninha, pavoncino, pendre e ventoinha.

Reino: Animalia

Filo: Chordata

Classe: Aves

Ordem: Charadriiformes

Família: Charadriidae

Género: Vanellus

Espécie: V. vanellus



O abibe é uma das aves mais emblemáticas da nossa avifauna invernante, com as suas vocalizações
características, e a sua distintiva poupa e o padrão colorido da plumagem.

Identificação
Esta é uma das espécies de mais fácil identificação da nossa avifauna, sobretudo quando em plumagem
de adulto. O seu característico penacho comprido, mais longo durante a Primavera e o Verão, o padrão
escuro (dorso) e claro (abdómen e peito), as patas algo compridas e as manchas brancas faciais permitem
distingui-lo facilmente das restantes limícolas. No dorso, apresenta uma tonalidade esverdeada com
reflexos, que perdem vivacidade na plumagem de Inverno. Quando em fuga, emite vocalizações
extremamente características, parecidos a lamentos.

Abundância e calendário
O abibe é abundante durante o Inverno na metade sul do país. A melhor época de observação centra-se nos
meses de Outono e Inverno, sobretudo entre Outubro e Fevereiro. Na Primavera, e dado ser uma espécie
rara como reprodutora, os seus números caem bastante. Ocorre sobretudo junto a zonas húmidas, prados
húmidos, pastagens e zonas lavradas, estando ausente de zonas montanhosas ou densamente
florestadas. Pode ocorrer em bandos de algumas centenas, por vezes em associação com a
tarambola-dourada. No restante do ano, o abibe torna-se mais raro. Trata-se de uma espécie mais
frequente a sul que a norte.

segunda-feira, 21 de março de 2011



Reino: Animalia

Filo: Chordata

Classe: Aves

Ordem: Passeriformes

Família: Muscicapidae

Género: Luscinia

Espécie: L. megarhynchos



O rouxinol-comum (Luscinia megarhynchos) é um pequeno pássaro pertencente à família dos Muscicapideos, restrito ao Velho Mundo.

Descrição
É uma ave bastante difícil de se ver, canta normalmente escondida. Tem uma plumagem discreta, de cor geral acastanhada e mortiça. Os adultos são castanho avermelhados na parte superior, cor que se funde com tons creme na parte inferior. Os juvenis são mais claros na parte superior e apresentam um escamado na parte inferior. Têm olhos grandes, pretos, realçados por um fino anel branco. A cauda é castanha avermelhada, alongada e arredondada e as patas são longas e robustas. Mede 16-17 cm e pesa de 18-27 gramas.

Habitat e distribuição
Frequenta charnecas, matas e bosques, podendo ser também encontrado em parques e jardins. É visitante estival de toda a Europa, salvo o extremo norte, de onde migra para a zona tropical de África, até à latitude do norte de Angola, de Julho/Agosto a Março/Abril. Encontra-se também em toda a Ásia, migrando no inverno para sul.

Comportamento
É uma ave solitária, exceptuando na época de reprodução, em que a família se mantém junta até as crias se tornarem autónomas.

O rouxinol é um excelente cantor. Tem um extenso repertório, com trinados fluidos terminando em crescendo. É normalmente ouvido depois do escurecer, sendo um dos poucos pássaros a cantar à noite (em inglês é por isso chamado de nightingale, que significa cantor noturno), mas também se ouve com frequência durante o dia. Fica quase sempre oculto pela vegetação, embora por vezes o macho se empoleire a descoberto para cantar.

Passa muito tempo no solo em busca de alimento.

Reprodução
Põe 4 a 5 ovos azuis claros com manchas avermelhadas, numa só postura entre Maio e Junho que são incubados pela fêmea durante 13/14 dias. O ninho em forma de taça, é feito num arbusto baixo ou mesmo no solo, quase nunca acima de 30 cm. As crias têm a penugem completa ao fim de 11 dias mas só se tornam independentes ao fim de mais 3 semanas.

Alimentação
Alimenta-se quase exclusivamente de insectos que captura no solo ou na vegetação baixa. Por vezes come também bagas.

Migração
É um migrador de longa distância cuja população inverna na África tropical. Ocorre em Portugal de Abril a Agosto.

domingo, 20 de março de 2011




Reino: Animalia

Filo: Chordata

Classe: Aves

Ordem: Passeriformes

Família: Fringillidae

Género: Carduelis

Espécie: C. chloris

História
O Verdilhão é uma espécie migratória que procura sempre o nosso país na Primavera e Verão para nidificar. Esta espécie distribui-se pela Europa, Ásia Ocidental e Norte de África. Foi recentemente introduzida na Nova Zelândia.

O nome científico deste espécie é Carduelis chloris. Chloris ou khloris em grego vem de khloros que significa pálido, verde pálido ou amarelo-esverdeado.

Temperamento
O Verdilhão é uma ave sociável, vive em grandes bandos, muitas vezes juntando-se a bandos de aves de outras espécies, exceptuando na época de nidificação.

Os Verdilhões são normalmente aves calmas que gostam de estar entre a vegetação. Gostam de cantar, têm um chilrear agradável.


Descrição
O Verdilhão é uma ave com 14 a 16 cm. É facilmente identificável pela sua coloração esverdeada. A cauda e as asas têm uma banda amarela. A fêmea tem cores menos intensas, mais acastanhadas ou acizentadas. O bico é claro e cónico.

Mutações
Apesar de não poderem ser mantidos em Portugal, por fazerem parte da nossa fauna, é permitido manter Verdilhões noutros países. Em cativeiro, conseguiram-se desenvolver várias mutações, entre elas, o lutino (amarelo), canela, prateado, ágata, pied, castanho e tons pastel.

Dieta
Alimenta-se de vário tipos de sementes silvestres e frutos, por vezes ataca as sementeiras e árvores de fruto cultivadas por humanos. Para resolver a situação, basta colocar um simples espantalho, pois são aves bastante tímidas.

sexta-feira, 18 de março de 2011



O pintarroxo-comum (Carduelis cannabina) é um pequeno pássaro da família Fringillidae. Sua coloração é predominantemente marrom, com o peito avermelhado. As fêmeas e os mais jovens não têm a cor avermelhada e são um pouco esbranquiçados.

A espécie é comum na Europa, no oeste da Ásia e no norte da África.

Lugares abertos com grandes arbustos favorecem o acasalamento, pois seus ninhos são feitos geralmente em arbustos não muito longe do alcance da luz do sol. Colocam de 4 a 7 ovos.

Quando não está na época do acasalamento, ele pode formar grandes bandos, às vezes misturados a outros pássaros da mesma família.

Sua alimentação é basicamente composta de sementes.

Reino: Animalia

Filo: Chordata

Classe: Aves

Ordem: Passeriformes

Subordem: Passeri

Família: Fringillidae

Género: Carduelis

Espécie: C. cannabina

quinta-feira, 17 de março de 2011



Mal-amado pelos agricultores, o melro-preto é uma ave que tem vindo a conquistar as cidades, sendo visita frequente de jardins e canteiros, à cata de alimentos. O seu canto forte enche as manhãs e os fins de tarde, sinal de que o tempo quente está a chegar.

Diz a sabedoria popular que, "quando o melro canta em Janeiro, é tempo de sequeiro o ano inteiro". A razão do ditado é que os machos desta espécie costumam cantar normalmente de Fevereiro a Junho, altura em que fazem os ninhos. "Cantam para atrair as fêmeas, para defender o território", explica Gonçalo Elias, coordenador do portal www.avesdeportugal.info. Quando começam a cantar mais cedo, é sinónimo de que o tempo "está mais solarengo e será uma estação com menos chuvas, logo, piores colheitas".
O melro-preto (Turdus merula) é uma das espécies de aves mais abundantes em Portugal. Curiosamente, em Lisboa e noutras cidades tem-se tornado cada vez mais comum, sendo observado em jardins, mas também em telhados e antenas de prédios, aproveitando novos oportunidades de alimentação. A ave, dizem os especialistas, tem também maior tole-rância à presença humana do que no campo. Chegam a aproximar-se a menos de cinco metros. No meio rural, tem um comportamento mais nervoso e arisco, fruto, talvez, da pressão cinegética. O melro é uma espécie protegida. No entanto, devido às suas semelhanças morfológicas com outras aves, como os estorninhos (preto e malhado), muitos melros acabam nas mãos de agricultores ou vítima de caçadores. "Os estorninhos são aves com má reputação, que por vezes dão prejuízos em pomares, vinhas e olivais. Pontualmente, o melro pode sofrer da má vontade dos agricultores ", reconhece o biólogo Domingos Leitão, coordenador do Programa Terrestre da Sociedade Portuguesa para Estudo das Aves.

O melro-preto tem uma distribuição abundante por toda a Europa e Ásia. Em Portugal, pode ser encontrado em todo o território, à excepção da ilha de Porto Santo. Estima--se que existam no País entre 200 mil e dois milhões de aves, "apesar de ser uma estimativa pouco precisa", avança o biólogo.

Existem três subespécies em Portugal. No Continente encontramos o Turdus merula merula; nos Açores, o Turdus merula azoriensis (a mais pequena de todas); e na Madeira, o Turdus merula cabrerae. "Todas elas muito semelhantes, tornando difícil a sua distinção a olho nu, mas são diferentes do ponto de vista genético", acrescenta Domingos Leitão.

Além das aves residentes, pensa-se que nos meses de Inverno, haja uma imigração de alguns melros-pretos para a Península Ibérica. Gonçalo Elias salienta: "Este não é um dado muito conhecido, mas que efectivamente se supõe a presença de indivíduos vindos do Norte." Foram já encontrados melros anilhados no Reino Unido, França, Bélgica, Holanda, Alemanha e Dinamarca, o que demonstra terem vindo de outros países. Contudo, "os números são pouco representativos face às populações residentes, presentes em quase todos os habitats", acrescenta.

Apesar do estatuto de "não ameaçado", há algumas ameaças à espécie. "A população de melros, em geral, não está ameaçada, mas pode sofrer algumas perturbações, como a caça, a predação doméstica ou de animais selvagens", diz Gonçalo Elias. Domingos Leitão lembra que "a proliferação de gatos assilvestrados tem também um efeito negativo. A diferença é que o impacto na globalidade das aves não é tão acentuado como noutras espécies mais ameaçadas

Classificação científica

Reino: Animalia

Filo: Chordata

Classe: Aves

Ordem: Passeriformes

Família: Turdidae

Género: Turdus

Espécie: T. merula


Nome binomial
Turdus merula

terça-feira, 15 de março de 2011



Pardal-doméstico (femea na esquerda e macho na direita)

Classificação científica

Reino: Animalia

Filo: Chordata

Classe: Aves

Ordem: Passeri

Família: Passeridae

Género: Passer
Petronia

O pardal é nome genérico dado aos pequenos pássaros da família Passeridae, género Passer e Petronia. Os pardais são aves cosmopolitas e adaptam-se bem a áreas urbanizadas e à convivência com os seres humanos. Alimentam-se à base de sementes durante a maior parte do ano e de insectos na época de reprodução. O pardal-doméstico foi introduzido pelo Homem em todos os continentes e é atualmente a espécie de ave com maior distribuição geográfica.
Origem
O pardal é a ave mais fácil de observar em Portugal e também no resto da Península Ibérica. Pode ser encontrado noutros países da Europa, mas aí a concorrência com outras aves, como o tordo, não lhes confere tanto protagonismo.

Apesar de ter origem na Europa, hoje existem pardais em todos os cantos do mundo levados pela mão humana, numa altura em que ninguém se preocupava com o que poderia acontecer com aves invasoras, ou mesmo com outras espécies.

As vilas e cidades, onde se adaptaram como nenhuma outra, são o habitat preferido destas aves, apesar de poderem ser encontrados também no campo, em grande abundância.

Alimentação
As migalhas, insectos e minhocas são a base da sua alimentação, e os núcleos habitacionais proporcionam todo esse alimento. As chaminés e os beirais das casas proporcionam locais ideais para a sua reprodução, que acontece na Primavera.

Hábitos
Nas zonas densamente arborizadas, podemos encontrar numerosos bandos destes barulhentos animais, que alegram os fins de tarde, voando de árvore em árvore até ao anoitecer.

Dimorfismo sexual
É muito fácil distinguir o macho da fêmea. O macho, tem a cabeça e parte das asas castanhas escuras, sendo o resto do corpo de um tom pardo, acastanhado, ao passo que a fêmea apresenta em todo o corpo uma coloração uniforme, de cor castanho esverdeada.

Ao contrário do que se pode pensar, estas aves são extremamente frágeis e todos os anos o número de aves mortas durante o Inverno é muito grande. No entanto, a sua facilidade em reproduzir-se faz com que esse factor perca alguma importância. Em algumas zonas mais frias, é frequente os habitantes colocarem pequenos reservatórios com manteiga, onde os pardais vão buscar parte da sua gordura corporal para combater o frio intenso.
Os pardais podem medir até 15 cm