segunda-feira, 28 de novembro de 2011

                                              GALINHOLA






Reino:
Animalia

Filo:
Chordata

Classe:
Aves

Ordem:
Charadriiformes

Família:
Scolopacidae

Género:
Scolopax

Espécie:
S. rusticola

A Galinhola é uma limícola da mesma família das narcejas, ave com a qual apresenta, aliás, muitas semelhanças morfológicas. Porém, tem uma envergadura que a aproxima mais da perdiz. A sua plumagem, em tons castanho-arruivado, serve-lhe de camuflgem perfeita nos locais que frequenta. Possui um bico forte e comprido, com cerca de 7cm, uma cauda curta e as suas asas são compridas e arredondadas.

Onde vive?

É uma ave típica dos bosques, podendo frequentar um grande número de habitats, desde que associados a matas densas com subbosque húmido e algumas clareiras. Entre nós frequenta preferencialmente áreas de pinhal, eucaliptais, carvalhais, montados; e estevais, giestais e urzais densos.

Onde observar a Galinhola?

De um modo geral é relativamente comum - sobretudo a norte do rio Tejo -, um pouco por todo o lado, desde que encontre habitat favorável. As serras mais arborizadas de Trás-os-Montes, os pinhais da região centro, algumas zonas de montado do Ribatejo, as serras de Grândola e Portel, e as serras do Algarve são alguns dos locais no Continente onde a espécie ocorre em maior número. Dito assim, parece fácil. Mas não é. A Galinhola, embora relativamente comum, devido aos seus hábitos é das espécies mais difíceis de observar. Com efeito, trata-se de uma ave com hábitos solitários, que durante o dia se esconde no interior das matas, saindo ao anoitecer para se alimentar. Depois, só levanta com o observador muito próximo. Dada a natureza dos locais que frequenta(matos densos, silvados, etc.) compreende-se que não seja muito fácil para quem queira encontrar esta ave.

Assim, os melhores sítios onde observar a espécie são, sem dúvida, os locais de reprodução. E temos disso no nosso país? Temos – as regiões autónomas da Madeira e dos Açores: em várias ilhas, mas sobretudo no Pico, Flores, Terceira, Faial e S. Jorge. A melhor altura e locais para o fazer: durante a época de nidificação, nas zonas de altitude, ao entardecer, quando os machos em parada nupcial, percorrem vastas áreas em voos de exibição e defesa do território.

O que come?

Alimenta-se sobretudo ao entardecer e durante a noite - tanto nos bosques como em pastagens e campos vizinhos - de minhocas, capturadas após prospecção do solo com o seu longo bico, táctil, que funciona como uma pinça. Insectos e as suas larvas, algumas sementes e matéria vegetal completam a sua dieta, que pode sofrer algumas variações, consoante a disponibilidade de alimento da região e as diferentes épocas do ano.

Quando podem ser observadas?

No Continente de Outubro a Março; na ilha da Madeira e no Arquipélago dos Açores, onde é sobretudo residente, durante todo o ano embora de Fevereiro até final de Julho, época em que os machos estão mais activos e se exibem, seja a melhor época para a sua observação.

Ameaças?

As principais ameaças devem-se, primeiro: à destruição do seu habitat nos locais de reprodução, que são sobretudo convertidos em pastagens e à invasão de vegetação exótica. Depois, uma pressão cinegética excessiva e um calendário venatório muito longo, em ecossistemas frágeis como são as ilhas, podem também constituir uma séria ameaça à espécie.
Sabia que?

Os olhos da Galinhola, desmesurados e colocados no alto do crâneo - dando-lhe um aspecto algo bizarro e sobrenatural - conferem-lhe uma visão periférica de 360º, muito útil não só para a sua defesa(permitindo-lhe ver toda a área que a rodeia sem mover a cabeça, evitando assim denuciar-se a possíveis predadores), como ainda para o seu voo cheio de obstáculos, entre a vegetação alta e densa onde evolui, permitindo-lhe que evite com precisão todo o género de acidentes e obstáculos.

Estatísticas básicas:

Comprimento/Envergadura: 33-38cm; 55-65cm
Peso: 300-400g
Postura: 4 ovos
Incubação: 20-23 diasCrescimento: nidífugas; primeiros voos aos 15-20 dias; emancipam-se às 5-6 semanas

terça-feira, 22 de novembro de 2011

                                                                 CORVO






Reino:
Animalia

Filo:
Chordata

Classe:
Aves

Ordem:
Passeriformes

Família:
Corvidae

Género:
Corvus

Espécie:
C. corone


Características:
• Comprimento: 47 cm
• Envergadura: 92 a 100 cm
• Peso: 450 a 600 g
• Longevidade: 20 anos

Distribuição:
Com uma zona de distribuição bastante ampla, a gralha-negra pode ser encontrada em praticamente todo o continente europeu, o norte de África e a Ásia central, incluindo a Sibéria.

Habitat:
Esta ave pode ser encontrada numa grande variedade de habitats. Normalmente habita em zonas de bosque pouco arborizados que tenham nas suas imediações zonas que proporcionem alimentação abundante. São ainda bastante frequentes em campos agrícolas, parques de cidades e na proximidade de estradas, onde aproveitam os cadáveres dos animais mortos pelo trânsito rodoviário.

Reprodução:
A gralha-negra atinge a maturidade sexual aos dois anos de idade. Vive em acasalamento permanente tendo um comportamento bastante territorial. O ninho, normalmente, situado em árvores ou falésias é construído pelos dois membros do casal. É constituído por ramos e raízes misturados com barro sendo o seu interior forrado com lã e crinas de outros animais, ocasionalmente, com trapos e papéis. A postura é de 3 a 5 ovos e ocorre durante os meses de Abril e Maio. A incubação é assegurada exclusivamente pela fêmea durante os 18 a 21 dias que dura o período de choco. As crias são alimentadas por ambos os pais e abandonam o ninho com 35 dias de idade.

Alimentação:
A gralha-negra é uma ave omnívora. Alimentando-se essencialmente de cadáveres de outros animais e pequenos animais, incluindo insectos, caracóis, ratos, lagartos, rãs, vermes e outros invertebrados. Fazem ainda parte da su alimentação: frutas, cereais, bagas e restos de comida humana, em zonas urbanas. Pode ainda atacar ninhos para comer os ovos ou as crias.

sábado, 19 de novembro de 2011

                             BUFO REAL






Reino:
Animalia

Filo:
Chordata

Classe:
Aves

Ordem:
Strigiformes

Família:
Strigidae

Género:
Bubo

Espécie:
B. bubo



Requisitos ecológicos:

Habitat: Ocorre em regiões com pouca ocupação humana ou topograficamente inacessíveis,
normalmente maciços montanhosos, vales rochosos e falésias litorais, sempre com presença de
escarpas rochosos que constituem o seu abrigo e zona de nidificação. Pode também estar associado a
zonas de baixa montanha com maciços florestais maduros que alternam com espaços de
aproveitamento agro-silvo-pastoril.
Os ninhos situam-se usualmente em fissuras, cavernas, ou em plataformas rochosas, protegidas por
rochas salientes, arbustos, troncos e buracos de árvores ou até no solo, em zonas declivosas; e em
edifícios antigos. Por vezes ocupa os ninhos de outras aves .
Os habitats de alimentação preferidos em Portugal pela espécie,são
áreas de relevo acentuado, ocupados com matos em geral esparsos ou de aproveitamento agropecuário
extensivo, tal como noutras áreas de Península Ibérica. Procura
igualmente alimento em manchas florestais abertas, bosques ribeirinhos, zonas húmidas ou alagadas, e
mesmo em espaços peri-urbanos e aterros sanitários.
Dorme usualmente em plataformas rochosas e também na parte superior de árvores (o mais perto
possível dos troncos) em muitos casos secas, pode também utilizar postes de electricidade, construções
humanas como telhados de armazéns e ruínas. Os elementos de cada casal dormem em geral
separados, a algumas centenas de metros de distância; usam 4-5 sítios regulares que servem de pontos
estratégicos de vigilância e locais de nidificação alternativos. Durante a reprodução a fêmea dorme no
ninho, enquanto o macho dorme perto deste. Apesar de o Bufo-real dormir normalmente durante todo
o dia, pode desenvolver actividade em períodos crepusculares

Alimentação:
O Bufo-real alimenta-se principalmente de mamíferos de pequeno e médio porte
(ratos, ratazanas, lagomorfos e carnívoros), aves de tamanho médio, e com menor frequência aves de
rapina, répteis, anfíbios, peixes e cadáveres. Pode por vezes ocorrer canibalismo, jovens mais fracos
podem servir de alimento aos pais e irmãos, mas também existe registo de adultos a serem devorados
Caça essencialmente de noite, começando logo após o pôr do sol; no
período estival tem também alguma actividade crespuscular.

Reprodução:
Espécie monogâmica, a relação do casal é permanente. Ambos os progenitores cuidam
das crias. Crias nidícolas. Mostra fidelidade à área de nidificação durante vários anos, mais do que um
ninho pode ser utilizado dentro do mesmo território, no entanto prefere apenas 1 ou 2 ninhos
No nosso país nidifica entre Dezembro e Junho.

domingo, 13 de novembro de 2011

                                                POMBO COMUM






Reino:
Animalia

Filo:
Chordata

Classe:
Aves

Ordem:
Columbiformes

Família:
Columbidae

Género:
Columba

Espécie:
C. livia


O pombo-comum, também conhecido como pombo-doméstico ou pombo-das-rochas (Columba livia), é uma ave columbiforme bastante frequente em áreas urbanas.
A plumagem é normalmente em tons de cinzento, mais claro nas asas que no peito e cabeça, com cauda riscada de negro e pescoço esverdeado. Caracterizam-se, em geral, pelos reflexos metálicos na plumagem, cabeça e pés pequenos, bicos com ceroma ou elevação na base e a ponta deste em forma de gancho. O bico costuma ser negro, curto e fino, com 3,8 cm de comprimento médio. Verifica-se grande variação no padrão de cores desse animal, havendo exemplares brancos, marrons, manchados e acinzentados.
Esta espécie é originária da Eurásia e África e foi introduzida no Brasil no início da colonização portuguesa. Foi criado por asiáticos desde a antiguidade mais remota - há imagens que o representam, na Mesopotâmia, datadas de 4.500 a.C.
Um grande problema quanto ao pombo é que não há nenhum predador nas grandes cidades para este animal e sua reprodução é rápida, o que gera uma população cada vez crescente, um grave problema ambiental ao homem. É um dos animais sinantrópicos urbanos.

Raças
A columbofilia, atividade voltada para a criação de raças ornamentais, obteve dezenas de raças de aparência variada por seleção e cruzamentos, gerando formas como o pombo-papo-de-vento e o pombo-rabo-de-leque. O pombo-correio, usado como mensageiro e capaz de voar mais de 500 km por dia à velocidade média de 50 km/h. é um dos numerosos descendentes do pombo-doméstico.

Hábitos
Alimenta-se de sementes, grãos e frutas e, nas cidades, do que estiver disponível nas ruas, incluindo resíduos.
Os casais são muitas vezes constantes; o macho faz reverências à fêmea e ambos se acariciam na cabeça com frequentes arrulhos. Antes do coito, alimentam-se mutuamente com uma massa regurgitada. O pombo-comum faz o seu ninho numa plataforma de ramos, numa árvore ou em qualquer plataforma que esteja livre de frio e chuva, onde põe dois ovos brancos, que são incubados, tanto pelo macho como pela fêmea, eclodindo em 14 a 19 dias. Os filhotes abandonam os ninhos com 15 dias e os pais os alimentam nesse período com "leite de papo", massa rica em proteínas e gorduras que se desenvolve em ambos os sexos durante a procriação.

Saúde pública
Vítimas habituais de viroses e outras moléstias, como a ornitose e a doença de Newcastle, os pombos são hospedeiros de parasitas em sua plumagem. Entre eles se distingue a mosca-do-pombo (Pseudolynchia canariensis) transmissora do hematozoário Hemoproteus columbae, parasito que não prejudica o hospedeiro.
É considerado um grave problema ambiental, pois compete por alimento com as espécies nativas, danifica monumentos com suas fezes e pode transmitir doenças ao homem. Até recentemente 57 doenças eram catalogadas como transmitidas pelos pombos, tais como: histoplasmose, salmonella, criptococose. Mas atualmente vê-se como exagero esta atribuição de vetor de doenças: como exemplo, o Departamento de Saúde de Nova Iorque não tem nenhum registro de caso de doença transmitida por pombos a seres humanos.[1] Há um mito comum entre as pessoas não especializadas e até mesmo entre alguns profissionais da saúde de que eles podem transmitir toxoplasmose, mas a única maneira disso ocorrer seria através de uma hipótese remotíssima: se uma pessoa comesse a carne crua de uma ave que estivesse infectada com o Toxoplasma gondii. Portanto, o pombo não transmite toxoplasmose para seres humanos, somente para os animais que eventualmente se alimentem de aves cruas.
Até recentemente, havia uma certa benevolência com os pombos em áreas urbanas, sendo comum encontrarem-se em pontos turísticos em todo o mundo (como a Trafalgar Square em Londres, ou a Cinelândia carioca), com a presença de vendedores ambulantes licenciados de milho, atirado aos pombos. Atualmente, tais atitudes são desencorajadas e existe uma repugnância crescente à presença dos pombos, tidos como "ratos de asas", em áreas urbanas. Encontra-se na lista de espécies exóticas invasoras do Brasil. Inclusive, em alguns lugares no Sul do Brasil, existem campanhas para diminuir a população de pombas, por várias causas.


Ainda não há políticas públicas do controle da população de pombos nem medidas preventivas distribuídas a população para evitar o contágio das doenças transmitidas por este animal então o ideal é que cada indivíduo tome consciência de que o contato, e a alimentação deste animal leva a proliferação deste problema urbano.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

                                                               COTOVIA






Reino:
Animalia

Filo:
Chordata

Classe:
Aves

Ordem:
Passeri

Família:
Alaudidae



Alaudidae (cotovia) é um nome genérico dado a várias aves passariformes que constituem a família Alaudidae. São aves essencialmente do Velho Mundo, com exceção de uma única espécie, a Eremophila alpestris que também habita a América do Norte. Por vezes, o nome cotovia é usado para aludir exclusivamente à cotovia-comum.
A maioria reside na parte mais ocidental da sua área de distribuição. As cotovias que vivem na parte mais oriental têm movimentos migratórios mais acentuados em direcção ao sul, durante o inverno. As aves que vivem na área médio-ocidental da área referida movem-se também na direção de terras baixas e zonas costeiras durante a época fria. Habitam preferencialmente espaços abertos, cultivados ou baldios.
São conhecidas pelo seu canto característico. O seu vôo é ondulante, caracterizado por descidas rápidas e ascensões lentas alternadas. Os machos elevam-se até os 100 metros ou mais, até parecer apenas um ponto no céu onde descreve círculos e continua a cantar.
É difícil de distinguir no chão devido ao seu dorso acastanhado com estrias escuras. O seu ventre é pálido, com manchas alvacentas.
Alimenta-se de sementes. Na época do acasalamento acrescenta ao seu regime alimentar alguns insetos.

domingo, 6 de novembro de 2011

                           TRIGUEIRÃO







Reino:
Animalia

Filo:
Chordata

Classe:
Aves

Ordem:
Passeriformes

Família:
Fringillidae

Género:
Emberiza

Espécie:
E. calandra




Pertencente à família Emberizidae, o Trigueirão é uma ave residente e nidificante em Portugal, bastante comum nas região interior a norte do Mondego e em todo território a sul do mesmo rio, rara no litoral a norte do Mondego, e particularmente abundante no interior da região alentejana. Frequenta zonas abertas com arvoredo disperso e, em particular, terrenos utilizados no cultivo de cereais, ainda que em pousio. Ave essencialmente granívora, alimenta-se, por via de regra, de sementes de cereais e outras, mas, especialmente durante a época de nidificação, também tem sido observada a capturar pequenos invertebrados.
Constrói os ninhos no solo, em pequenas depressões, a partir do mês de Abril, podendo criar duas ninhadas por ano, variando cada postura entre os 4 e os 6 ovos. O período de incubação vai de 12 a 14 dias e as crias permanecem no ninho entre 9 e 13 dias.