quarta-feira, 24 de agosto de 2011

                                  ÁGUIA






Reino:
Animalia

Filo:
Chordata

Classe:
Aves

Ordem:
Accipitriformes

Família:
Accipitridae

Género:
Aquila



Características físicas
• Comprimento: 66 a 100 cm
• Envergadura de asas: 150 a 250 cm
• Peso: 2,5 a 12 kg

Como em todas as aves de rapina, as fêmeas são ligeiramente maiores que os machos.
Alimentação
Esta águia alimenta-se de tarantulas, morcegos, pássaros, coelhos, ratos, toupeiras, répteis, lebres e carniça

Reprodução
A época de reprodução inicia-se em meados de janeiro e prolongando-se até maio - setembro, podendo variar de acordo com a região geográfica. Cada casal pode ter até 10 ninhos, mas só 2-3 são usados em rotação. Alguns casais usam o mesmo ninho cada ano, enquanto outros usam os ninhos alternando os anos. O mesmo ninho pode ser usado por gerações. O ninho normalmente é construído em um precipício alto, entretanto podem ser usadas árvores se precipícios não estão disponíveis. O local de ninho preferido é onde a presa pode ser avistada facilmente. O ninho pode ser enorme se o local permitir. Alguns ninhos de precipício medem de 2,5 a 3 m de diâmetro por 1 a 1,20 m de espessura. É volumoso e é composto de varas, ramos, raízes, ervas daninhas, e mato. A fêmea é responsável pela maioria da incubação, embora o macho frequentemente ajude. A postura pode ser de 1-4 ovos, no entanto o mais comum é ser de dois ovos. Os ovos são branco sujo e manchas castanho ou castanho avermelhado. A incubação dura 35-45 dias. As crias que nascem primeiro são mais fortes, frequentemente matam os irmãos menores e mais fracos e os pais não interferem. O filhote é dependente de seus pais durante 30 dias ou mais.

Comportamento
Formam casais, e um casal precisa até 55 km de território para caçar. Sua velocidade comum durante o vôo é de 45 a 50 km/h, foram registados mergulhos que variam de 240 km/h á 320 km/h para capturar sua presa. A maioria delas no Alasca e Canadá viajam para o sul no outono quando a comida começa a faltar no norte. Mas nem todas as águias migram; algumas permanecem no Alasca, Canadá meridional e portugal e no norte dos EUA.

Habitat
Existe na Eurásia, Norte de África e na América do Norte. A área de procriação na América do Norte inclui o México norte-central, os Estados Unidos ocidentais como Dakotas, Kansas e Texas, também o Alasca, e o norte do Canadá. Durante o inverno elas podem ser achadas no Alasca meridional e Canadá, nos oeste dos Estados Unidos e México. São vistas algumas em Minnesota todos os outonos durante a migração e ocasionalmente no rio Mississippi durante o inverno.
São protegidas pelo governo dos Estados Unidos e são consideradas ameaçadas de extinção. A caça, a eliminação de presas por alteração do habitat natural e o envenenamento por mercúrio são os fatores principais que limitam as populações dessa ave. Elas abandonam seus ninhos durante a incubação se foram perturbadas no seu habitat.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

                                   CUCO






Reino:
Animalia

Filo:
Chordata

Classe:
Aves

Ordem:
Cuculiformes

Família:
Cuculidae



Cuculidae é uma família de aves cuculiformes conhecidas pelo nome vulgar de cucos, corredores ou sacis. O grupo está mais diversificado na Europa e Américas. Os cucos alimentam-se de insetos. A maioria das espécies do Velho Mundo são parasitas e põem seus ovos nos ninhos de outras aves.

Onde vive:
O cuco distribui-se por todo o país.
O cuco passa o Verão na Europa e no Outono migra para África.
Os cucos adultos partem para África onde passam o Inverno após realizarem a sua postura.
Os jovens partem mais tarde em Agosto – Setembro, sem serem guiados pelos seus pais, a quem nunca vão conhecer.
O cuco migra de noite isoladamente.
Têm um sentido de navegação, que permite aos jovens encontrar o rumo de África. Uma viagem solitária, que os leva a cruzar o deserto do Saara até aos bosques equatoriais, onde encontram o refúgio de Inverno.
Como é:
São aves de tamanho médio com cauda comprida e asas pontiagudas da família dos Cuculídeos.
O cuco ( Cuculus canorus ) também conhecido como cuco-cinzento, tem cabeça, peito e dorso de cor cinza com estrias na zona abdominal. A fêmea geralmente tem o mesmo padrão, excepto na cor que é ferrugínea e apresenta estrias na parte superior do peito. Bico ligeiramente curvo e patas amarelas.
O comprimento do cuco é de 33 centímetros, o comprimento da asa oscila entre os 200 e 230 milímetros. O seu peso varia entre os 90 e 130 gramas.
Os juvenis são castanhos, bastante escuros na parte dorsal, e apresentam uma mancha branca na nuca.
Alimentação:
O cuco alimenta-se habitualmente de insectos, como a processionária dos pinheiros, aranhas e larvas. Os cucos bebés compartilham a dieta dos pais adoptivos, ou seja insectos, mas às vezes também sementes.
Reprodução:
O cuco é um exemplo clássico de parasitismo das aves.
Não se preocupa com a construção do ninho, a incubação e a alimentação das crias.
A fêmea do cuco observa outras aves (alvéola-branca, papa-moscas-comum e rouxinol-dos-caniços) que constroem os seus ninhos e, num momento de distracção, deposita um ovo no ninho dessa ave. Geralmente põe os seus ovos à tarde, porque os donos dos ninhos os põem de manhã. Com intervalos de 48 horas, o cuco põe 12 a 13 ovos em outros tantos ninhos, roubando de cada ninho um ovo para deixar um número igual de ovos.
O jovem cuco nasce mais cedo do que as outras crias e, num instinto fratricida, atira pela borda fora os ovos ou os pequenos «irmãos» que possam existir, ficando deste modo com toda a atenção (e alimentação) dos pais adoptivos para si.

domingo, 21 de agosto de 2011

                              MORCEGO






Reino:
Animalia

Filo:
Chordata

Classe:
Mammalia

Infraclasse:
Placentalia

Ordem:
Chiroptera


Os morcegos (ordem Chiroptera, do grego: kheir = mão + pteron = asa) são os únicos mamíferos capazes de voar, tendo seus membros anteriores (mãos e braços) transformados em asas, que são diferentes das asas das aves e dos extintos pterossauros. Tradicionalmente, divide-se os quirópteros em morcegos propriamente ditos (subordem Microchiroptera) e raposas-voadoras (subordem Megachiroptera). Representam um quarto de toda as espécies de mamíferos do mundo. São pelo menos 1.116 espécies ,que possuem uma enorme variedade de formas e tamanhos, podem ter uma envergadura de cinco centímetros a dois metros, uma enorme capacidade de adaptação a quase qualquer ambiente (só não ocorrem nos pólos), e uma ampla diversidade de hábitos alimentares. Os morcegos tem a dieta mais variada entre os mamíferos, pois podem comer frutos, sementes, folhas, néctar, pólen, artrópodes, pequenos vertebrados, peixes e sangue.Somente três espécies se alimentam exclusivamente de sangue: são os chamados morcegos hematófagos ou vampiros, encontrados apenas na América Latina e no Sul do México. Dessa maneira, morcegos contribuem substancialmente para a estrutura e dinâmica dos ecossistemas , pois atuam como polinizadores, dispersores de sementes, predadores de insetos (incluindo pragas agrícolas), fornecedores de nutrientes em cavernas e vetores de doenças silvestres, dentre outras funções. Possuem ainda o extraordinário sentido da ecolocalização (biossonar ou orientação por ecos), que utilizam para orientação, busca de alimento e comunicação.
Classificação
Os Megachiroptera são encontrados na África, Oceania e Ásia. Como o seu nome indica, nesta subordem que encontram-se os maiores morcegos do mundo, os quais chegam a 2 metros de envergadura e comem frutas. Não utilizam a ecolocação, à excepção do gén. Rousettus. A subordem Microchiroptera contém os mais variados hábitos alimentares, comendo desde frutas (frugivoros) até peixes(piscivoro), e com freqüência dependem da ecolocalização para navegação e para encontrar presas. Três espécies se destacam por terem desenvolvido um hábito alimentar por sangue, os hematófagos. (Desmodus rotundus, Diphylla ecaudata e Diaemus youngii).
Acreditava-se que essas duas subordens tinham se desenvolvido de forma independente e que suas características similares eram resultado de evolução convergente. Porém, análises filogenéticas mostraram que os dois grupos têm um ancestral voador comum. Estudos filogenéticos mais recentes, feitos com dados moleculares, têm mantido essa teoria do ancestral comum (a ordem Chiroptera seria mesmo um grupo monofilético). Porém, a divisão em duas subordens está sendo alterada, porque na verdade as raposas-voadoras parecem estar contidas dentro de uma linhagem evolutiva dos demais morcegos.
Sabe-se pouco sobre a origem dos morcegos, já que seus esqueletos pequenos e delicados não fossilizam bem. Os morcegos fósséis mais antigos encontrados são o Icaronyctens, Archaeonyctnes, Palaeochropteryx e Hassianycteris do Eoceno inferior (cerca de 50 milhões de anos atrás), mas eles já eram muito semelhantes aos Microchiroptera modernos. Os morcegos eram usualmente agrupados, junto com os Scandentia, Dermoptera e primatas, na superordem Archonta, mas novos estudos genéticos, morfológicos e paleontológicos revelaram que os morcegos não ligam-se a estes animais. Com a exclusão dos Chiroptera, o grupo passou a ser batizado de Euarchonta. Parece que os Chiroptera estão mais relacionados à antiga ordem Insetivora (musaranhos e toupeiras), que atualmente está dividida em ordens menores.
Anatomia
O osso do metacarpo e o segundo e quinto dedos dos membros anteriores são alongados, e entre eles existe uma membrana, chamada feiosa brósiliti quiropatágio. A membrana se estende dos dedos até ao lado do corpo e deste até à base dos membro posteriores. A asa inteira de um morcego é chamada patágio. Muitas espécies têm também uma membrana entre os membros posteriores incluindo a cauda. Esta membrana é o uropatágio.
O patágio está cheio de delicados vasos sangüineos, fibras musculares e nervos. No tempo frio, os morcegos enrolam-se em suas próprias asas como num casaco. No calor eles as expandem para refrescar seus corpos.
O polegar e às vezes o segundo dedo dos membros anteriores têm garras, bem como os cinco dedos dos membros posteriores. As garras traseiras permitem aos morcegos agarrarem-se aos galhos ou saliências. Os morcegos também podem se mover no chão, mas são bastante desajeitados.
Quase todos os morcegos são ativos à noite ou ao crepúsculo, com exceção do grupo das raposas-voadoras, que inclui muitas espécies diurnas. Os seus sentidos de olfato paladar e audição são excelentes e, ao contrário do que muitos pensam, morcegos possuem uma boa visão. Eles possuem também o sentido da ecolocalização (biossonar), que levou a diversas modificações morfológicas em várias espécies de morcegos, chegando a aparências bizarras como a dos morcegos Centurio.
Seus dentes no geral se parecem com os dos mamíferos da ordem Insectivora (toupeiras e musaranhos). Porém, há uma grande variedade de dentições entre os morcegos, relacionadas às suas linhagens evolutivas e hábitos alimentares[2]. Por exemplo, morcegos frugívoros costumam ter um grande número de dentes, tendo molares e pré-molares bem largos e fortes, que usam para mastigar a polpa fibrosa de muitos frutos. Já morcegos que se alimentam de néctar tem poucos dentes, que são de menor tamanho, já que esses morcegos só bebem líquidos. Morcegos-vampiros, por sua vez, tem dentes incisivos bastante grandes e afiados, que usam para fazer cortes precisos e superficiais nas suas presas, das quais lambem o sangue.
Ecolocalização
A grande maioria dos morcegos possui um sexto sentido, aliado aos cinco a que nós humanos estamos acostumados: a ecolocalização , ou seja, orientação por ecos. Este sentido funciona basicamente da seguinte maneira: O morcego emite ondas ultra-sônicas (frequência acima de 20 KHz, inaudíveis para humanos) pelas narinas ou pela boca, dependendo da espécie. Essas ondas atingem obstáculos no ambiente e voltam na forma de ecos com frequência maior pois ao voltar o eco mais a velocidade do morcego são somadas. (Efeito Doppler) . Esses ecos são percebidos pelo morcego. Com base no tempo em que os ecos demoraram a voltar, nas direções de onde vieram, e na frequência relativa dos ecos (efeito Doppler), os morcegos sentem se há obstáculos no caminho, assim como suas distâncias, formas e velocidades relativas. Isso é especialmente útil para caçar insetos voadores, por exemplo, mas morcegos com outras dietas também usam bastante esse sentido.
Alguns dos ancestrais dos morcegos - musaranhos e toupeiras (mamíferos da ordem Insectivora) - já possuíam um sistema de ecolocalização rudimentar. Supõe-se que os morcegos da subordem Microchiroptera desenvolveram seu sistema sofisticado como uma novidade evolutiva, e que as raposas-voadoras da subordem Megachiroptera perderam esse sistema originalmente, tendo algumas espécies desenvolvido posteriormente um sistema rudimentar baseado em cliques da língua. Outros sistemas de ecolocalização evoluíram de forma independente em golfinhos, baleias, andorinhões e outros animais.
A ecolocalização também pode ser chamada de biossonar, pois a partir desse sistema natural foram desenvolvidos os sonares de navios e os aparelhos de ultra-som. Na verdade, nenhuma "imitação humana" se compara à qualidade do sistema natural. Assim, os morcegos contam com um recurso muito importante para animais que precisam se orientar à noite ou em ambientes escuros, como as cavernas. A eficiência da ecolocalização varia entre as espécies de morcegos, sendo que os de hábito alimentar insetívoro, ou predadores de insetos em geral, possuem-no mais desenvolvido. A ecolocalização é importante também para morcegos que se alimentam de plantas, pois ela os ajuda a encontrar frutos e flores, e reconhecer suas espécies com base no padrão de ecos que produzem. Alguns morcegos usam a ecolocalização também para se comunicar com outros indivíduos da mesma espécie; isso é importante principalmente no reconhecimento entre mães e filhotes. Já se tem estudado aplicações da ecolocalização na orientação de pessoas cegas.
Morcegos vampiros (subfamília Desmodontinae) tem ainda um sétimo sentido, a termopercepção (leia mais no tópico sobre a raiva).
Reprodução
Um morcego recém-nascido se agarra à pele da mãe e é transportado, embora logo se torne grande demais para isto. Seria difícil para um adulto carregar mais de uma cria, portanto normalmente nasce apenas uma. Os morcegos freqüentemente formam colônias-berçário, com muitas fêmeas dando à luz na mesma área, seja uma caverna, um oco de árvore ou uma cavidade numa construção. A gestação dura de dois (em algumas espécies de morcegos frugívoros) a sete meses (em morcegos hematófagos), variando conforme a espécie. Em algumas espécies duas glândulas mamárias estão situadas entre o peito e os ombros (axilares), mas também podem ser peitorais ou abdominais.
Embora a habilidade de voar seja congênita, imediatamente após o nascimento as asas ainda são pequenas demais para voar. Os jovens morcegos da ordem Microchiroptera se tornam independentes com a idade de seis a oito semanas, os da ordem Megachiroptera não antes dos quatro meses. Com a idade de dois anos os morcegos estão sexualmente maduros.
A maioria dos morcegos tem apenas um filhote por gestação e de uma a duas gestações por ano. Há exceções como os morcegos do gênero Lasiurus, que costumam ter quadrigêmeos, e alguns morcegos Myotis, que podem ter três ou quatro gestações por ano . A expectativa de vida do morcego vai de quatro a trinta anos, variando muito conforme a espécie. Morcegos que se alimentam de plantas costumam ter sua sazonalidade reprodutiva influenciada pela oferta dos frutos ou flores de que mais gostam, porém em alguns locais as variações no clima podem ser muito importantes.
Morcegos apresentam uma grande variedade de comportamentos reprodutivos . Em geral, a maioria das espécies de morcegos é poligínica , ou seja, um macho dominante mantém o controle sobre várias fêmeas (harém), enquanto machos subordinados lutam para conseguir copular secretamente com algumas delas. Há espécies de morcegos em que os machos têm glândulas de cheiro nos ombros ou pescoço, usadas para emitir odores que atraem as fêmeas. Em outras espécies os machos têm ornamentos, como cristas na cabeça, que desempenham um papel na seleção sexual. Além disso, algumas espécies apresentam comportamentos sexuais bem curiosos, como até mesmo felação .
Inimigos naturais
Os morcegos pequenos são às vezes presas de corujas e falcões. De maneira geral, há poucos animais capazes de caçar um morcego. Na Ásia existe um tipo de falcão que se especializou em caçar morcegos. O gato doméstico é um predador regular em áreas urbanas, pega morcegos que estão entrando ou deixando um abrigo, ou no chão. Poucos morcegos descem ao chão para se alimentar, salvo casos observados nos gêneros Artibeus e Centurio. Morcegos podem ir ao chão devido a acidentes enquanto estão aprendendo a voar, em tempo ruim, como estratégia de aproximação ou então quando estão doentes. Também existem relatos de algumas espécies de sapos e lacraias cavernícolas que predam morcegos, além, é claro, de morcegos carnívoros maiores, especialmente da tribo Vampirinii, que se alimentam dos menores. Marsupiais neotropicais, como gambás e cuícas da família Didelphidae, também costumam predar morcegos. Cobras também são importantes predadores de morcegos. Há também registros de predação de morcegos do gênero Myotis por bem-te-vis.
Os piores inimigos dos morcegos são os parasitas. As membranas, com seus vasos sangüíneos, são fontes ideais de alimento para pulgas e carrapatos. Alguns grupos de insetos sugam apenas o sangue de morcegos, por exemplo as moscas-de-morcego, pertencentes às famílias Streblidae e Nycteribiidae. Nas suas cavernas os morcegos ficam pendurados muito próximos, portanto é fácil para os parasitas infestar novos hospedeiros.
Transmissão da raiva
Ainda que o perigo de transmissão de raiva se resuma aos locais onde essa doença é endêmica, dos poucos casos relatados anualmente em algumas localidades, a maioria é causada por mordidas de morcegos. Porém, na maioria dos lugares, especialmente nas cidades, os principais transmissores da raiva ainda são cães e gatos. Embora a maioria dos morcegos não tenha raiva, os que têm podem ficar pesados, desorientados, incapazes de voar, o que torna mais provável que entrem em contato com seres humanos. Outras mudanças no comportamento do morcego contaminado são atividade alimentar diurna, hiperexcitabilidade, agressividade, tremores, falta de coordenação dos movimentos, contrações musculares e paralisia, seguida de óbito. O maior problema relacionado à raiva transmitida por morcegos são as mortes de animais de criação, principalmente bois. Os principais morcegos transmissores de raiva são da subfamília Desmodontinae (família Phyllostomidae), os famosos morcegos vampiros, porém morcegos de outros tipos também podem se contaminar e transmitir a doença.
Embora não se deva ter um medo desmesurado de morcegos, deve-se evitar manipulá-los ou tê-los no lugar onde se vive, tal como acontece com qualquer animal selvagem.
Os morcegos vampiros têm dentes muito pequenos e afiados, então podem morder uma pessoa adormecida sem que sejam sentidos. Além disso, eles são muito pequenos (cerca de 30 g), seu ataque é muito sutil e sua mordida é superficial, por isso é difícil que acordem a presa. Morcegos vampiros tem ainda um sétimo sentido, a termopercepção, que funciona através de mecanismos fisiológicos finamente ajustados e os auxilia a descobrir os vasos sanguíneos mais superficiais, propiciando assim uma mordida mais rasa e, portanto, menos dolorida. Morcegos vampiros não têm anestésico na saliva, ao contrário do que algumas pessoas acreditam. Porém, eles têm um forte anticoagulante na saliva, que retarda a cicatrização da ferida, permitindo que se alimentem por mais tempo; essa substância tem sido estudada para a elaboração de remédios para a circulação.
Se um morcego for encontrado em uma casa e não se puder excluir a possibilidade de exposição, o morcego deve ser capturado e imediatamente encaminhado para o centro local de controle de zoonose para ser observado. Isto também se aplica se o morcego for encontrado morto. Se for certo que ninguém foi exposto ao morcego, ele deve ser retirado da casa. A melhor forma de fazê-lo é fechar todas as portas e janelas do cômodo exceto uma para o exterior. O morcego logo sairá.
Devido ao risco de raiva e também há problemas de saúde relacionados a suas fezes, que podem conter, entre outros, os fungos causadores da histoplasmose, os morcegos devem ser retirados das partes habitadas das casas. O site do Centro de Controle de Doenças dos EUA contém informações detalhadas sobre como manejar e capturar um morcego e sobre a manutenção de uma casa para impedir que morcegos nela se instalem.
Nos locais onde a raiva não é endêmica, como na maior parte da Europa ocidental, pequenos morcegos podem ser considerados inofensivos. Morcegos grandes podem dar uma mordida desagradável. Trate-os com o respeito devido a qualquer animal silvestre.

sábado, 13 de agosto de 2011

              ABUTRE FAVEIRO ( GRIFO )






Reino:
Animalia

Filo:
Chordata

Classe:
Aves

Ordem:
Accipitriformes[1]
Falconiformes

Família:
Accipitridae

Género:
Gyps

Espécie:
G. fulvus
O abutre-fouveiro (Gyps fulvus), também conhecido pelo nome de grifo, é um abutre que ocorre nas montanhas do sul da Europa, do sudoeste asiático e da África. Tais abutres chegam a medir até 1 metro de comprimento e 2,7 metros de envergadura, e pesam de 6 a 12 kg.
Alimenta-se quase exclusivamente de carne morta, passando longo tempo a pairar alto no céu à procura de cadáveres, voando em círculos. Em voo tem uma silhueta típica, enormes asas, muito maiores que o corpo, cauda curta e arredondada, completamente aberta, e pescoço encolhido. É normalmente gregário e estabelece colónias de até 200 casais. Registaram-se casos raros de grifos atacarem presas vivas, especialmente animais jovens, fracos ou doentes.
A parte superior e inferior do corpo apresenta uma cor castanha clara, distinguindo-se as rémiges e a cauda pretas. O pescoço apresenta um colar espesso de penas claras na base, sendo depois coberto de pequenas penas brancas até à cabeça, com um aspecto lanoso. Tem patas cinzentas bastante débeis, pois não as usa para agarrar as presas como as águias.
Nidifica em saliências ou fendas de escarpas rochosas, construindo um ninho de gravetos e ervas. Em uma postura anual, entre Janeiro e Junho, põe um só ovo, branco, que eclode ao fim de 48 a 54 dias. A cria demora 110 a 115 dias até ter condições de realizar o primeiro voo. Os dois progenitores revezam-se a incubar o ovo e depois, a alimentar a cria. Ao contrário de outras aves, esta, se não receber a quantidade de alimento necessária, é incapaz de atrasar o seu crescimento, morrendo de inanição.
Na Península Ibérica o seu número tem vindo a crescer desde 1980, quando existiam apenas cerca de 1000 exemplares. No entanto, desde que as normas da UE proíbem o abandono de gado morto no campo, sobretudo a partir da crise das vacas loucas, o alimento para estes animais diminuiu, o que deu origem à diminuição da sua população no resto da Europa.
Em Portugal, o grifo distribui-se sobretudo pelas zonas fronteiriças. As principais colónias situam-se no Parque Natural do Douro Internacional, no Parque Natural do Tejo Internacional e nas Portas de Ródão, também existindo alguns espécimes na Serra de São Mamede mais a sul.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

                  ABELHARUCO-COMUM






Reino:
Animalia

Filo:
Chordata

Classe:
Aves

Ordem:
Coraciiformes

Família:
Meropidae

Género:
Merops

Espécie:
M. apiaster


O abelharuco-comum ou abelharuco-europeu (Merops apiaster) é uma ave da família Meropidae, migratória, com duas populações indistinguíveis em aspecto, mas diferenciadas pela distribuição geográfica. A primeira destas populações nidifica na Europa até ao Sul da Rússia e Norte de África, migrando para o Sul deste continente. A segunda população, exclusivamente africana, nidifica na região do Cabo, migrando para Norte até à África central.
O abelharuco-comum é uma ave de médio porte, com 25 a 30 cm de comprimento. É muito colorido, com plumagem de cores muito distintas: o dorso é castanho escuro na zona da cabeça, com gradação para amarelo para a área posterior e asas; a garganta é amarela, com uma bordadura fina de negro; o peito e zona ventral é azul claro; as asas são verdes com uma mancha central castanha-clara; tem uma máscara negra em torno dos olhos. Em África, distingue-se dos restantes abelharucos pelas costas castanhas.
Esta ave habita bosques e zonas de floresta temperada (na Europa) e savanas (em África). Tem hábitos gregários e pode ser encontrada em grupos de até 150 indivíduos. O abelharuco-comum alimenta-se de insectos, principalmente de abelhas, vespas, térmitas e gafanhotos, capturando-os em voo, frequentemente bastante alto.
A época de reprodução decorre entre Setembro e Dezembro, em ambas as populações, que convergem para o sul de África (na Europa, a reprodução ocorre em Maio e Junho). O ninho é construído num túnel, que pode atingir 2 metros de comprimento, escavado pelo casal no solo ou em bancos arenosos de rios. O túnel é forrado com folhas ou restos de insectos. A postura tem 2 a 6 ovos, incubados ao longo de cerca de 20 dias por macho e fêmea. Os juvenis são alimentados por ambos os progenitores durante cerca de um mês, no ninho, e permanecem mais ou menos dependentes por mais três semanas fora do ninho.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

                             PEGA AZUL






Reino:
Animalia

Filo:
Chordata

Classe:
Aves

Ordem:
Passeriformes

Família:
Corvidae

Género:
Cyanopica
Espécie:
C. cyanus


Características
• Comprimento: 34 a 35 cm
• Envergadura: 13 a 14 cm
• Peso: 65 a 76 g
• Longevidade:

Distribuição
Esta ave é nativa do sul da Península Ibérica (em Portugal e Espanha) e também da China, Coreia, Japão, norte da Mongólia e sul da Rússia.
Esta distribuição tão particular deve-se à fragmentação de uma população contínua que se estendia desde a Península Ibérica ao Extremo Oriente, há cerca de 1,2 milhões de anos. Esta divisão deveu-se às alterações climáticas provocadas pela última Idade do Gelo: a redução da temperatura foi tão acentuada que fez com que as populações desta espécie tivessem desaparecido da Europa de Leste e Médio Oriente, resistindo apenas as populações situadas nos extremos do continente euro-asiático. Aí encontraram refúgio, pois as temperaturas eram mais toleráveis.

Habitat
Na Península Ibérica, o seu habitat natural são as matas de azinheiras e sobreiros do centro e sul. São ainda vistas com frequência em olivais, pinhais, pomares e eucaliptais.

Reprodução
É durante os meses de Abril e Maio que a pega-azul inicia o seu período reprodutivo. Geralmente nidificam em colónias, podendo encontrar-se, por vezes, vários ninhos na mesma árvore. A postura é de 5 a 7 ovos que são incubados durante 15 dias exclusivamente pelas fêmeas, sendo estas, entretanto, alimentadas pelos machos.

Alimentação
A base da sua alimentação são os insectos, que no Outono são complementados com bagas e sementes.

Identificação
Extremamente fácil de detectar pelos bandos numerosos e barulhentos, vocalizando frequentemente
quando em voo ou em alimentação. São facilmente reconhecíveis pela cauda e asas azuladas, e pela
cabeça preta que contrasta com a tonalidade ocre do resto do corpo, e a garganta quase branca. A cauda é
comprida, o que proporciona a estas aves um voo algo lento, mas com capacidade de manobra notável,
podendo inverter a direcção com bastante facilidade.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

                                   PATO






Reino:
Animalia

Filo:
Chordata

Classe:
Aves

Ordem:
Anseriformes

Família:
Anatidae



O pato é uma ave que pertence a família Anatidae.
São aves geralmente menores que os anserídeos (gansos e cisnes) e podem ser encontrados tanto em água doce como salgada. Os patos alimentam-se de vegetação aquática, moluscos e pequenos invertebrados e algumas espécies são aves migradoras.
Pode-se identificar os machos principalmente pela coloração diferente mais vistosa (visto que a grande maioria das espécies de patos tem dimorfismo sexual), e também por diferenças comportamentais. Algumas espécies de patos (quer selvagens, quer domesticadas ou criadas em cativeiro) são utilizados pelo homem na alimentação, vestuário (as penas) e de entretenimento (caça).
O pato é um dos poucos animais da natureza que anda e nada com razoável competência. É dotado de perfeito senso de direção e comunidade.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011





Reino:
Animalia

Filo:
Chordata

Classe:
Aves

Ordem:
Columbiformes

Família:
Columbidae

Género:
Streptopelia

Espécie:
S. decaocto


A rola-turca ou rola-da-índia (Streptopelia decaocto) é uma das grandes colonizadoras do mundo das aves. A sua distribuição original restringia-se a regiões temperadas desde o sudeste da Europa até ao Japão. No entanto, no século XX, esta ave expandiu a sua distribuição ao longo da Europa. Chega a reproduzir-se em regiões como a Escandinávia e a norte do Círculo Polar Ártico. Terá chegado à península ibérica apenas em 1960 e a Portugal em 1974[1]. De então para cá tem vindo a expandir-se e a multiplicar-se muito rapidamente.
Comprimento 30-32 cm. Dorso castanho amarelado, cinzento rosado no ventre, liso. Colar preto com rebordo superior branco na metade traseira do pescoço. Asas com rémiges mais escuras. A face inferior da cauda, visível em voo, tem base preta e extremidade grande branca.
Encontra-se em cidades, jardins, no campo, em florestas. Tem um canto característico: tu-tuuu-tu repetido.
Faz o ninho numa plataforma de raminhos, em árvores. Faz até 5 posturas por ano, pondo 2 ovos que demoram 13 dias a eclodir. Os filhotes começam a comer sozinhos a partir das 3 semanas de vida.